O II Encontro Nacional de Lazer de Parkinsonianos em Salvador-Bahia, foi um evento marcado por momentos de alegria e muito bom humor integrando Associações de Parkinson e Grupos de Ajuda de vários estados. Foram atividades que nos fizeram esquecer nossas dores, desânimos e tristezas.
A Doença de
Parkinson dói no corpo e na alma nos fazendo dependentes porém conscientes,
permitindo algumas escolhas. Podemos encontrar alternativas que possibilitem
reformular a vida, buscar novas formas de viver, de se relacionar abrindo
caminhos de superação. Gostar de si mesmo, se familiarizar com os fatos,
sabendo do que está ocorrendo, é um movimento em direção às soluções. Para superar o sofrimento emocional e encontrar o desejo
de viver, precisamos partilhar com outras pessoas que passam pela mesma dor. Dentro
de cada pessoa existe uma força que pode não curar, mas pode deter o avanço da
doença. Não somos os únicos a passar pela dor. Juntos, encontramos meios
disponíveis para abrandar os sintomas. Partilhando com o outro, percebemos que
não somos vítimas: Porque comigo? Por
que eu tenho Parkinson? São perguntas que nos colocam como vítimas: “ se isto
me aconteceu não tenho nada a fazer, tem que ser assim mesmo.” E toda uma vida
fica estagnada.
Aceitar é conhecer, é admitir que tenho Parkinson, mas o Parkinson não me tem. “So´ superamos o que podemos aceitar.”
Para que eu
tenho Parkinson? Para que as pesquisas continuem, a ciência encontre soluções
e, quem sabe, para receber os benefícios dessas pesquisas. Com os nossos ais,
nossas dores e movimentos, abrimos possibilidades.
Se eu não
tivesse Parkinson , não teria participado do Encontro de Lazer em Salvador e
conhecido tanta gente boa. Então, “nem todo mal é mau...”
Ana Flor,
Genário, Jane e as colaboradoras Katia e Zezé, minha cuidadora nesse evento a Fátima e a todos que
participaram desse encontro com entusiasmo, alegria e prazer, o meu abraço agradecido e emocionado.
Vocês me fizeram sentir uma pessoa de sorte...
Monica de Oliveira
Souto
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